Caí em mim, achei que esses pensamentos e esse vazio eram falta de sono e excesso de álcool. Mas eu continuava ali, como se não te conhecesse mais, com som da sua respiração me incomodando, ela não era mais aquela canção de ninar que tantas vezes adormeci ao ouvir.
Eu não queria você ali! Não queria mais você... Mas como te dizer? Eu pensava e fugia. É falta de sono, é o álcool. Me maltratava novamente, pensando que já queria colocar a roupa de cama pra lavar, queria distancia dos seus cigarros, das suas mentiras, da sua discrição exagerada. Queria tirar você de mim.
Deus, o que é isso? É o álcool, é a insônia? São eles falando, porque eu quero te fazer feliz, quero ser feliz com você... Mentira! Não, é verdade. É amor. Não é! Ele me ama! Isso já não muda nada... Nunca mudou.
Foi então que eu concluí que não era a insônia, não era o álcool, era mesmo amor, mas de um jeito diferente. Era amor próprio. Era a minha vez. Eu tinha aprendido com você, um mestre na arte do egoísmo. Aprendi que eu devia vir em primeiro. E agora é assim, eu, comigo mesma no topo.