quinta-feira, 5 de março de 2009

 O meu corpo não foi feito para curtir uma história linda de romance. Nasci estragada para o amor. Os quimioreceptores da paixão vieram defeituosos, são ineficazes não fazem durar os sentimentos, as veias que pulsam o amor pelo corpo têm o calibre minúsculo, não me permitindo sentir aquele fogo que arde sem doer, o meu coração é o mais afetado ficando completamente desritmado, desencontrado do mundo ao encarar a possibilidade de viver um grande amor.

É culpa também do Querubim vesgo que não me abençoou com a flecha do amor e me fez ser assim difícil, ou melhor impossível nas questões do coração. Sou o que sou. Louca, pouca, difícil, impossível no amor.

Como não posso amar, sinto dor por meus amantes que em face da realidade sentem quebrar o encanto, o sonho 'feliz para sempre' não combina em nada comigo. Mas não espalho o desamor de propósito os meus defeitos que me fazem ser assim, sou mesmo esse caso perdido.

Quando eu nasci o meu anjo escutou o Vinicius dizer que "a vida é a arte do encontro embora haja tanto desencontro pela vida", mas como bom desastrado que era e que também me fez resolveu que o meu destino seria traçado na premissa genérica da citação, que é tão linda - o oposto da minha vida. O anjinho lascou: esta vida será a arte do desencontro, embora haverão tantos encontros pela vida". E eu sigo passeando por vidas que encontro por ai. Isso é o que eu faço, essa sou eu! A minha vida vai se desenhando assim, contrária aos versos...