sábado, 21 de julho de 2007

Estado taciturno

(14/06/2007)
Sinto-me bem, mas posso parecer mal.
Acostumei-me com o meu silêncio,
Porém as pessoas ao meu redor não
Habituei-me a ouvir o eco das minhas palavras
Na minha imensidão interna.

Gosto de fazer silêncio,
Escutar os meus pensamentos ecoarem na imensidão da minha mente,
Se expandirem numa folha de papel e ao passa-los pelos olhos
Transferir todo o sentimento para dentro,
Fazendo assim minhas atitudes serem silenciosas e sozinhas;
Mas não me sinto só.
Sinto-me muito bem acompanhada,
Comigo mesma,
E minhas palavras que me fazem tão bem,
Mesmo sem significar nada pra ninguém.
Habituei-me a andar medindo sílabas,
Apreciando a poesia do dia-a-dia internamente,
Individualmente.
Guardando tudo em mim.
Depois, dividindo tudo com a caneta e o papel,
Que sem egoísmo me concedem momentos de grande prazer.
Sinto como se pudesse ouvir todo meu corpo conversar,
Todo ele entrar em harmonia,
Pra organizar as letrinhas tinteiras pretas
Nessa imensidão toda branca de papel.