Guardo pra te dar as cartas que eu não mando, conto por contar e deixo em algum canto e as pilhas de envelopes já não cabem nos armários, vão tomando meu espaço, fazem montes pela sala. Hoje são a minha cama minha mesa, meus lençóis e eu me visto de saudades do que já não somos nós.
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Quimeras...
Coexistimos: Eu, você e a nossa paixão. E eu gosto da sensação de poder te olhar nos olhos e dizer coisas bonitas, te beijar os lábios e contar coisas banais. Sentir o seu calor é como voar, chegar ao alto de uma montanha, sentir a brisa soprando-me os cabelos, inalar o aroma de pétalas rubras das rosa em botão e de súbito mergulhar no castanho-amarelado da imensidão do céu de fim de tarde que são seus olhos, essas esferas de cor alaranjada que emolduram a janela da sua alma que é puramente lépida e governante primeira do pensamento meu. E é tão bom imaginar que eu nunca vou te deixar.