terça-feira, 2 de março de 2010

Mentira!

Era o que eu sempre quis, eu ainda quero. Meus braços no seus, suas mãos em mim. Como você costumava fazer, me prendendo entre você e a parede e eu só podia ser isso, seu pingente, com minhas pernas a sua volta meus braços ao redor do seu pescoço. Eu sempre quis fazer par com você, e ser um. Eu sempre quis te contar... Mas só o que eu consigo fazer é te xingar. Tudo bem, isso gosto de fazer também. 
Suas respostas são perspicazes, mas você sempre foi gentil. Tirando a força contra a parede que era máscula demais pra ser gentil. Tudo era mais ilusório, porque você tem timming. Talvez o errado porque você não mais apareceu. E antes meu telefone tocou tantas vezes, e seu nomezinho brilhava cada vez mais, chegou a parecer realidade que você voltaria. Eu te escutei chamando o meu nome com tanto carinho antes de se negar a mim. 
Você perdeu seu timming, ou eu achei o meu perdido no meu amor próprio. Porque este com certeza eu perdi quando eu vi você pela primeira vez. É o que me dizem as más línguas. E quando eu escrevo sobre você, tudo sai mais bonito. É o sentimento decantado. É o sentimento que não dá pra sentir de verdade, daí vira imaginação. Te delinear na minha imaginação é apaixonante. Dentro de mim, você é só personagem. Aquele que tem o beijo mais delicioso que eu já dei, o toque mais decidido, e o abraço mais duradouro. Barthes nas suas linhas não me contradiz, comenta do seu abraço, aquele que faz o tempo parar, você é desses...Dignos de livro. E quando eu esqueço de tudo, me vejo em você, mesmo sem dever, sem poder... Minto tanto, só pra fingir que fui feliz ao seu lado. Vou me enganar de novo, mas agora tenho direito. Estou sem sua presença ao meu lado nessa noite que vai ser infinita e gelada, porque nosso verão acabou.