terça-feira, 22 de novembro de 2011

A Bela e o Bobo

Será que tenho esse direito? De fechar meu coração pra você, sendo ele tão seu? Eu sou confusa, impulsiva, sou antítese, difícil. Sou doidona mesmo. E além de tudo, eu escrevo! Devo ter um parafuso a menos. Quem escreve? Qual delas, que tem a mesma vida que eu, escreve? Essa é uma boa pergunta. Sou diferente mesmo, mas cê sabe! Você mesmo diz que esse é um dos motivos que te fazem voltar, mesmo depois de ir tantas vezes.
Longe de mim, copiar a Tati Bernardi e dizer que você "volta porque pode até ter uma coxa mais dura. Pode até ter uma conta bancária mais recheada. Pode até ter alguma descolada que te deixe instigado. Mas não tem nenhuma melhor do que eu. Não tem." Também não vou repetir o bom e velho: eu te avisei.
A verdade é que eu me apaixonei pácaralho por você (desculpa, Mãe). E você também, i-gual-zinho (acho que não pode separar assim, mas é pra dar ênfase, releve). Mas o problema foi que na hora de acabar tudo, você foi tão bem, que deu certo. Muito certo e eu enterrei tudo, no meu fraco coraçãozinho. E eu achava que tinha dado certo. Morto e enterrado. Certíssimo! Mesmo sentindo aquela coisa estranha quando eu escutava a Adele cantar: how can you walk away, from all my tears? Tudo bem, só me achava romântica demais. Mas aí vem você...
Vem você e me segue, persegue, enche de ódio. E revive o que estava certamente morto.
Será que você tem esse direito? De tentar me colocar de volta nesse seu coração tão em superlotação? Tão pegou, levou? Seu coração parece que ficou tão vulgar, tão de qualquer um. Não vou fazer a Tati de novo, pra explicar o que você fez de errado, dizendo que "você jamais vai encontrar uma mulher que nem eu nesses lugares deprê em que procura. Eu vou para a cama todo dia com 5 livros e uma saudade imensa de você. Ao invés de estar por aí caçando qualquer mala na rua pra te esquecer ou para me esquecer." Ela usa bem as palavras, não é? Te faz entender o que eu sinto? Porque na maior parte das vezes não me faço entender muito bem. Mas lá vai: eu não quero saber de coração de liquidação. Não quero ter que citar a Tati. Eu só quero um pra sempre, pra mim. Quero a sorte de um amor tranquilo. Simples. Exato. Com gosto de fruta mordida. Sem desespero. Sem tédio. Sem fim.

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